Granada

Ocupada pela dinastia dos Nasridas, Granada foi conquistada pelos reis Católicos em 1492. Dessa ocupação, ficou um património histórico monumental que atrai milhares de turistas todos os anos. Uma cidade que transborda memórias da prosperidade, da arte e do conhecimento do Al-Andaluz.

Granada; Espanha; Andaluzia
A viagem a Granada foi feita em pleno Verão, com muito calor, chegando o termómetro do carro a marcar 39ºC. A paisagem é bastante semelhante, com muitos km’s de olivais. O GPS levou-nos direitinhos à nossa primeira paragem: o Monasterio de la Cartuja.

 Monasterio de la Cartuja; Granada; Espanha; Andaluzia; Igrejas em Espanha
Entrando por um portão, estacionamos no pátio, junto a uma loja de souvenires. Subimos a escadaria. Desta cartuxa do século XVI não se conserva a sua totalidade. Visitamos o claustro e algumas capelas ocupadas com grandes pinturas, não merecendo grande atenção. Quando entramos na Igreja, pedem-nos silêncio e recordam-nos a interdição para a fotografar. A austeridade que se vê no exterior nada tem a ver com a exuberância da ornamentação. Com uma só nave, está dividida em três partes e decorada com cenas da vida da Virgem Maria. No presbitério destacam-se as esculturas em gesso e os quadros com cenas da Paixão de Cristo. Por trás do altar-mor fica o Sancta Sanctorum. A sacristia do século XVIII é bastante maior do que o habitual, toda em mármore.
Saímos. O ar continua muito quente. O caminho para o hotel revela-se complicado, com muitas esquerdas e direitas. Desconfiamos que andámos numa rua pedonal mas lá acabámos por dar com o hotel.

Jantámos numa esplanada, ao som de grupos de música que se iam revezando. Demos uma volta pelo centro e ficámos muito satisfeitos por ver mais locais do que turistas: muita gente nas esplanadas, grupos de jovens que se encontram para sair à noite e junto às várias fontes, todos os bancos estão ocupados por senhoras muito bem cuidadas, com os seus “abanicos”, enquanto conversam com as amigas e apanham o fresco da água.

No dia seguinte acordamos cedo. A nossa manhã vai ser inteiramente dedicada ao Conjunto Monumental de Alhambra, um dos melhores exemplos do testemunho muçulmano no sul de Espanha e das atrações turísticas mais visitadas na região da Andaluzia. Apesar dos Palácios Nazaríes serem os ex-libris, o Generalife, a medina e a alcabaza são imperdíveis.

Conjunto Monumental de Alhambra; Granada; Espanha; Andaluzia; Palácios de Espanha; Vestígios Muçulmanos em Espanha; Atrações Turísticas Mais Visitadas em Espanha
Saímos de Alhambra já tarde. Eram quase 16h e ainda não tínhamos almoçado. Na rua Puerta Real há um Burger King e foi a opção mais imediata que encontramos.

A Plaza Bibla Rambla fica muito perto. No nº 18, a Tiendas Medina, uma loja de souvenires, vende centenas de leques, de vários feitios e preços. Já há muito que procurávamos comprar um “abanico” por isso estávamos no local certo. O mal destes lugares é que a oferta é tanta que dificulta a escolha. Em redor da Catedral existem várias lojas e um mercado de rua que vende ervas aromáticas e plantas para chás. O cheiro é maravilhoso. Aproveitamos para procurar mais uma caixinha do Geocaching, enquanto ouvimos alguns músicos de rua.

Plaza Bibla Rambla; Mercado de especiarias em Granada; Espanha; Andaluzia
Damos a volta e chegamos à Catedral Metropolitana de Granada. À porta existem vários indivíduos que a troco de dinheiro, escrevem o nome em árabe. A entrada faz-se pela sacristia, que não tem nada de especial, mas quando entramos na Catedral propriamente dita, ficamos deslumbrados: a cúpula tem 2 varandas, ambas decoradas com quadros com cenas da vida de Cristo e figuras da Igreja. À volta existem vários altares, todos magnificamente decorados, já para não falar dos 2 órgãos em excelente estado de conservação. Ao fundo, existe um pequeno museu.

Catedral Metropolitana de Granada; Catedrais em Espanha; Andaluzia; Turismo Religioso
Catedral Metropolitana de Granada; Catedrais em Espanha; Andaluzia; Turismo Religioso
Saímos para a Real Capilla de Granada, onde está a cripta e Museu dos Reis Católicos. Entramos numa pequena capela e passando o gradeamento, estão os sepulcros em pedra de Isabel de Castela e Fernando de Aragão, virados para o altar. Descendo uma pequena escadaria, acedemos à cripta, onde estão os caixões com os seus corpos, assim como os dos seus filhos. Devido a terem unido Granada à coroa de Castela, quiseram que os seus túmulos estivessem aqui. O retábulo maior é maravilhoso e está muito bem documentado num pequeno quadro do lado direito. No museu estão os objetos pessoais e de devoção da rainha Isabel, a sua coroa, assim como a espada de Fernando, o Católico. Na rua estão mais de 30ºC. Entramos numa tabacaria para comprar água, mas a verdade é que nada mata a sede. Começamos a subir para a bairro árabeAlbaicín – repleto de lojas, apesar de todas venderem o mesmo: carteiras em pele, lenços, trajes para dança do ventre, almofadas e pufs. De repente, parece que estamos numa medina de um país árabe. Os bares oferecem chá a quem optar por fumar chicha. Encontramos ainda uma loja que vende doces árabes a vulso, muito semelhantes aos que provamos na Tunísia. Como já estamos perto da hora de jantar, a nossa intenção era encontrar um restaurante que tivesse um espetáculo de flamenco. Por onde passamos já não há vaga. Por curiosidade, perguntamos os preços: só o espetáculo custa 20€/ pessoa e quem quiser jantar com uma mostra de comida andaluz são 30€.

Albaicín; Bairro árabe de Granada; Espanha; Andaluzia
Albaicín; Bairro árabe de Granada; Espanha; Andaluzia
Para o dia seguinte, ficaram dois ícones da cidade de Granada: a Basílica de Nuestra Señora de las Angústias, com um altar-mor fantástico, e o pastel pionono. O melhor local para o experienciar é na Casa Isla, aberta desde 1897. Detentora de 4 estabelecimentos em Granada, foi no nº 62 da Acera del Darro que provámos esta iguaria granadense. Para quem não conhece, é semelhante às tortas de Azeitão, mas quanto a nós, inferior: mais pequeno, come-se em duas garfadas, bastante húmido e com um toque de canela. Talvez por estar muito frio, não o achamos muito doce. Cada unidade custa 1,10€. Podemos ser suspeitos, mas apreciamos mais a nossa doçaria. Onde dormir: o Hotel Melia Granada está localizado no centro da cidade, perto de várias atrações, restaurantes e transportes. Alguns quartos têm vista para a Alhambra. Mesmo ao lado fica o Parking Ganivet Granada Centro, que tem um custo de 18€/dia.
Onde comer: na Calle Navas existem vários restaurantes, alguns com esplanada, que estão abertos até tarde. Na Taberna Las Copas o atendimento é simpático, a carne de qualidade e o ambiente típico, com as suas cabeças de touro e as mesas feitas a partir de pipos.

Granada; Espanha; Andaluzia
Granada; Espanha; Andaluzia

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