Banyan Tree Krabi

Na encosta e debruçado sobre o mar, o Banyan Tree Krabi é um autêntico santuário onde impera a calma, o silêncio e a contemplação.


Há três anos tive uma viagem marcada para a Tailândia. Seria em fevereiro, para celebrar a minha entrada nos "entas", com direito ainda a uns dias no Dubai. Devido à Covid 19, essa viagem ficou adiada... até agora.

O plano inicial foi adaptado: agora com o meu filho na escola, teriam de ser menos dias. Mas não abdiquei de algo fundamental: um hotel maravilhoso na praia: o Banyan Tree Krabi.

Torre de Palma Wine Hotel

Em Monforte, no Alentejo, o Torre de Palma Wine Hotel é um hotel de 5 estrelas que reúne num único lugar tudo do que gosto: gastronomia, enoturismo, natureza e arqueologia.


O acesso faz-se por uma estrada de terra batida, rodeada de vinhedos, com a torre que dá nome à propriedade a evidenciar-se à medida que me aproximo.  O dia estava quente mas as nuvens anteviam uma forte probabilidade de aguaceiros, que acabariam por cair.

Hotel des Trois Couronnes

No coração da Riviera Francesa e debruçado sobre o lago Genebra, o Hotel des Trois Couronnes conta já com 180 anos de existência. Por aqui têm passado músicos, escritores, estrelas de cinema e membros da realeza.


Todos nós temos um familiar, um amigo ou conhecido que em dada altura da vida imigrou para a Suíça e todos nós já ouvimos elogiar a sua beleza natural. A pandemia condicionou as minhas viagens nos últimos dois anos, por isso queria muito que, quando voltasse a viajar, fosse para um lugar arrebatador. Estava decidido o destino: 2022 seria o ano de uma roadtrip em família pela Suíça.

Adega José de Sousa

Fundada em 1878, a Adega José de Sousa é das mais especiais do Alentejo pela sua coleção de talhas de barro que a tornou conhecida por "adega dos potes".


E como o prometido é devido, voltei aos caminhos do enoturismo. A região de Monsaraz foi a eleita para aproveitar uns dias fabulosos de sol com temperaturas a rondarem os 30ºC. A vontade, ainda que com receio, de voltar a ouvir histórias do vinho era imensa.

2021 e o meu regresso ao enoturismo

No último ano, e devido à pandemia, uma das minhas paixões, as viagens pelo vinho, ficou em stand-by. Não visitei uma única adega, primeiro porque fecharam portas e depois porque não me sentia confortável com a ideia. Porque isto do enoturismo é muito mais do que "turismo de vinho".  É ouvir histórias, é sentir a terra, é deixarmo-nos envolver pelo cheiro das caves e provar o que o enólogo pensou transformar em memórias.

Para mim, viajar é criar emoções e neste turismo do vinho elas estão sempre presentes. Para já, estão planeadas duas wine trips em Portugal, uma delas para muito breve. Até lá, deixo-vos as experiências de enoturismo que mais gostei no nosso país.


Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo



Se a família Amorim aceitasse um rim em troca de um pedacinho da Quinta Nova, dava-o de bom grado. O percurso vindo do Pinhão não é para cardíacos nem estômagos frágeis mas é como me dizia na altura a Paula Sousa: "É imaginar que se vai para Machu Picchu". E acreditem que assim que se cruzam os portões, tudo fica para trás. Preparem-se para uma das melhores vistas sobre o Douro e experiências tailor made, com um saber receber tão próprio.


Quinta do Ameal


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A Quinta do Ameal é muito mais do que um hotel, uma casa de campo, um turismo rural ou uma experiência de enoturismo. É o lugar que todos gostariam que fosse seu, proporcionando uma rusticidade genuína e única.


Quinta de Lemos


Quinta de Lemos, Rota dos vinhos do Dão

Na região vinícola do Dão, a Quinta de Lemos destaca-se pela produção de vinhos de elevada qualidade a partir de castas tradicionais, como o Jaen, Alfroucheiro ou Tinta Roriz. Se ao enoturismo juntarmos uma refeição no premiado restaurante Mesa de Lemos, será uma experiência que não vão esquecer.


Pipadouro




A Pipadouro proporciona experiências exclusivas a bordo de barcos históricos recuperados. Com um conceito de enoturismo intrínseco, além de passeios de barco no Douro, é também possível passar um dia numa quinta ou mesmo passar a noite a bordo. Tudo com o conforto como se de um hotel se tratasse.


The Yeatman Hotel


The Yeatman Hotel; hotel vínico

Um dos motivos que me levou a conhecer o The Yeatman Hotel é a sua ligação ao vinho. O The Yeatman estabeleceu parcerias com alguns dos melhores produtores de vinhos portugueses com os quais mantém uma estreita ligação, seja através de jantares vínicos ou eventos que organiza. Com mais de 1000 referências de vinho português, é possível visitar a garrafeira com um stock entre 25000 e 30000 garrafas, organizada de acordo com as regiões vínicas de Portugal.


Herdade do Rocim


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A Herdade do Rocim prima pelo respeito ao terroir. Destes solos arenosos e franco-argilosos saem vinhos frescos e minerais mas também representativos de um património cultural com mais de 2000 anos. A nova enologia associada a conhecimentos ancestrais voltou a apostar nos vinhos de talha.

Ribafreixo Wines


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A Ribafreixo Wines é das adegas mais bonitas do Alentejo. Daqui saem grandes vinhos, assentes numa produção integrada e vegan-friendly. O Pato Frio Seleção feito a partir das castas Antão Vaz, Arinto e Síria é dos meus vinhos favoritos.

Quinta do Crasto



A Quinta do Crasto é das mais conceituadas produtoras de vinho Douro DOC. Foi precisamente neste quinta que tive a minha última experiência de enoturismo antes da pandemia. Um dia que começou e terminou a bordo do Frendship I, da Pipadouro, e em que pelo meio, conheci uma das quintas mais bonitas e tradicionais durienses, com uma vista super primium.

A primeira vez que entrei num campo de concentração

A cerca de vinte quilómetros de Linz, na Áustria, o Memorial do Campo de Concentração de Mauthausen é o testemunho das atrocidades cometidas pelo regime nazi, levando à morte cerca de 100 mil prisioneiros. 


Vivemos tempos inéditos. Apesar de não ser a primeira vez que o mundo se vê confrontado com uma epidemia, a escala global, a rapidez com que nos deslocamos e a urgência em que vivemos transportou para a vida real o que apenas conhecíamos na ficção.

A tradição da cerâmica de Gmunden

A tradição da cerâmica de Gmunden recua até 1492. A louça começou por ser decorativa mas hoje é exclusivamente utilitária. Cada peça é única, resultante de um trabalho manual.


Gmunden é daqueles lugares imperdíveis para quem visita a região de Salzkammergut. Apesar do Schloss Ort, o castelo situado no lago Traun, ser a principal atração, ao percorrermos as suas ruas deparamo-nos com várias oficinas que ainda mantêm esta longa tradição da cerâmica. Algumas já têm um toque de autor mais contemporâneo mas quem procurar peças realmente antigas não pode perder a loja de antiguidades Wolfgang Leimer. Ao entrar poderá dispersar-se tal a quantidade de peças mas vai ver que aqui pode encontrar pequenos tesouros. Um pouco mais acima, na praça Rinnholz podemos também ver a única fonte em cerâmica existente em toda a Áustria que retrata os trabalhos associados ao sal, bem típicos de outros tempos.


Para conhecer mais sobre esta tradição, agendei uma visita na Gmundner Keramik, fundada em 1903 e atualmente a maior produtora na região. As visitas são em austríaco mas para estrangeiros é facultado um pequeno caderno para ajudar na compreensão. A visita até começou de forma "tímida": visionamento de um filme explicativo e passagem por uma sala onde estão alguns dos exemplos decorativos e peças históricas. Tudo nasce a partir de um pó constituído por três elementos: caulino, feldspato e quartzo que após trabalhado, cozido e pintado se torna numa peça única e de grande valor. Para se perceber os altos padrões de produção, colocaram-se lado a lado peças feitas na àÁustria e peças feita na China. E o mais importante: é possível tocar nas peças e senti-las nas várias fazes de produção, percebendo a diferença do que é uma peça pintada à mão duma peça de pintura industrial. Apesar de estarmos numa fábrica, todo o processo de pintura é manual.


Podemos também assistir à pintura de várias peças. A artista (porque não há outro nome para a qualificar), exemplificou como é que cada uma é pintada, mediante o tipo de desenho. O chamado "Grüngeflammtes" é feito com uma pequena mangueira suspensa, que necessita de alguma agilidade de forma a travar a quantidade de tinta. Fazer isso e simultaneamente elaborar o desenho, é extremamente difícil.



Para mim o mais bonito é sem dúvida a rena que numa primeira fase é marcado com um carimbo e depois delineado à mão, com uma precisão incrível. Algumas pessoas foram convidadas a participar e apesar dos esforços, nenhuma se saiu bem. Além de algum talento natural, só muita experiência, trabalho continuado, gosto e brio permitem produzir peças com esta qualidade.



Regressei à loja, a fazer contas à vida de como iria conseguir levar tudo o queria para casa. Após voltas e voltas, a pegar, a pousar, a voltar a pegar, acabei por trazer uma travessa que coloco todos os anos na noite de consoada com o tronco de natal. A minha pequena coleção de artesanato cresceu um bocadinho mais.