Santo Tirso

Apesar da minha passagem por Santo Tirso ter como objectivo uma experiência nas Termas das Caldas da Saúde, aproveitei para conhecer outras atrações da cidade. Antes de chegar, fiz um pequeno desvio para a Citânia de Sanfins, um dos maiores povoados da cultura castreja em Portugal.

O Mosteiro de São Bento, junto ao rio Ave, é o primeiro lugar que visito. A origem remonta ao ano de 978, sendo a sua edificação feita ao longo dos séculos. À porta, uma placa lembra que este é um local de oração e por isso o silêncio é de ouro. A igreja está ricamente decorada em estilo rococó, em especial o retábulo-mor e uma das capelas laterais. O claustro recuperado tem um chafariz ao centro.

Na antiga hospedaria deste mosteiro beneditino está instalado o Museu Municipal Abade Pedrosa. Além da coleção arqueológica proveniente de várias estações do concelho, tem também uma área para exposições temporárias.

Foi daqui que levei uma brochura com o mapa da localização das peças do Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso. A ideia de Alberto Carneiro era a realização de um simpósio de escultura cujas obras refletissem a arte contemporânea e em particular a escultura pública. Espalhadas por vários pontos da cidade, os dois maiores núcleos encontram-se junto ao Mosteiro de São Bento e da Câmara Municipal.

A região do Vale do Ave é conhecida pelas suas indústrias manufactureiras, fruto da proximidade ao rio, da linha férrea e da mão de obra barata e especializada. A Fábrica de Tecidos de Santo Thyrso foi fundada em 1898 por Honoré Vavasseur, Tomás Hargreaves e João Gualberto e encerrou em 1990.

Este espaço emblemático para a cidade de Santo Tirso está a ser transformado num quarteirão cultural, direcionado para o futuro, que em muito enaltece a memória do seu passado. Além da importante regeneração urbana, divulga a sua antiga atividade; fomenta a criação de novas indústrias e sinergias; terá uma vertente comercial, com lojas e restaurante mas acima de tudo, é uma espaço cultural, dinâmico e criativo.