Adega Mãe: vinhos a Oeste


Localizada na Quinta da Archeira, a cerca de 10 km’s de Torres Vedras, a Adega Mãe surge inserida numa paisagem de vinhedos. É a aposta do grupo Riberalves num outro fiel amigo.

Adega Mãe

Inaugurada em Novembro de 2011, a Adega Mãe caracteriza-se pelas suas linhas simples, com assinatura do arquiteto Pedro Mateus. Ao chegar, deparo-me com uma entrada cuidada e estacionamento pensado para acolher os visitantes. Num edifício construído de raiz, em que o enoturismo é um objetivo evidente, nada foi deixado ao acaso. Seduzida por este lado estético exterior, entro na loja onde sou recebida pela Joana Carapeta, que gentilmente me tinha convidado a conhecer este projeto.

Adega Mãe

“Os homens são o que as mães fazem deles” (Ralph Waldo Emerson) é a frase estrategicamente colocada no ponto de início da visita. Serviu de inspiração para o nome de adega e de homenagem a Manuela Alves, matriarca da família.
O velho dóri, antigo barco usado na pesca do bacalhau do navio Creoula, contrasta com a zona de cubas de fermentação e de armazenamento equipadas com a mais recente tecnologia. Com uma capacidade de produção de 1,2 milhões de litros, daqui saem cerca de 400 mil garrafas por ano.

Adega Mãe

Estamos em plena época de vindimas e durante dois meses trabalha-se sete dias por semana. No desengaçador estão a ser descarregadas as uvas da casta alvarinho. O enólogo residente Diogo Lopes está presente na supervisão dos trabalhos.
Vista de cima, a sala das barricas apresenta todo o espaço ocupado, fruto do crescimento do negócio. Aqui estagiam os vinhos reserva e monocastas. Uma parede de garrafas constitui a enoteca, onde estagia algum do vinho engarrafado.

Adega Mãe

A Adega Mãe tem um circuito pensado para o enoturismo que passa pelas áreas de produção sem nada afetar quem trabalha. Além disso, está adaptada para pessoas com mobilidade reduzida, dispondo de rampas de acesso, elevadores e WC.

Adega Mãe

Subimos ao salão de eventos. Com um  enorme tapete a dominar o espaço, o olhar foge para a imponência da vista sobre as vinhas. A varanda com 70 metros de comprido é o local certo para admirar a beleza da paisagem. Apesar de serem videiras, o cuidado retilíneo leva a imaginação a pensar num jardim. Somos nós e uma serenidade quase estática: ao fundo, apenas se deteta o movimento de uma máquina de vindima mecânica.

Adega Mãe

Não há visita sem provas e por isso regressamos à loja. Decorada de forma sóbria e elegante, as poltronas de veludo verde convidam a sentar. Olhando para o portefólio, percebo estar perante vinhos diferenciadores, com uma vasta aposta nas monocastas. Escolheu-se o Dory Colheita 2012 (4€), produzido com as castas Arinto, Viognier e Fernão Pires, que se revelou muito fresco, ácido e com uma paleta de aromas bastante agradável.

Dory Colheita 2012; Adega Mãe

Para tinto, optou-se pelo Dory Reserva 2011 (10€) produzido com as castas Touriga Nacional, Syrah e Cabernet Sauvignon. Resultado de uma vindima manual e estágio em barrica de carvalho francês, é um vinho elegante, perdurando na boca o sabor a amoras.

Dory Reserva 2011; Adega Mãe

Despeço-me da Joana Carapeta, grata por uma manhã muito bem passada. No saco levo as garrafas que adquiri e irei guardar. Regresso ao exterior e à vista sobre as vinhas. Observar nunca é demais.

Adega Mãe
Estrada Municipal 554 - Fernandinho
2565-841 Ventosa -Torres Vedras

www.adegamae.pt

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