Comer em Nova Iorque pode ser uma verdadeira dor de cabeça. A oferta, diversidade e procura são gigantescas por isso o melhor é planear com a maior antecedência possível. A reserva prévia é quase sempre obrigatória e alguns restaurantes chegam a ter semanas (e meses) de espera. Estas foram as minhas experiências.
Aldea
No Aldea, o estrelado restaurante do luso-americano chef George Mendes, serve-se comida de inspiração portuguesa. Bacalhau à brás, arroz de pato, pastéis de nata ou sonhos são algumas das sugestões para quem quer sentir Portugal do outro lado do Atlântico. Os vinhos também não foram esquecidos e na carta encontrei referências do Alentejo, Dão e Douro.
Asiate at Mandarim Hotel
Há uma experiência que os nova iorquinos não dispensam ao fim de semana: o brunch. Imbuída do espírito “live like a local”, reservei mesa para um dos lugares favoritos de quem lá mora e de quem está de visita: o Asiate at Mandarim Hotel. Fica no 35º piso com uma vista soberba sobre o Central Park e a Columbus Circle. O restaurante está sempre cheio e as mesas junto da janela são as mais concorridas. Apesar de estarmos rodeados de vidro, o ambiente, além do requinte, é bastante aconchegante, com têxteis em tons rosa, flores em todas as mesas, pequenos nichos laterais e muito bom gosto. A experiência no Asiate foi positiva, especialmente se tivermos em conta o ambiente requintado, a elegância do espaço, a vista soberba e o serviço muito profissional.
Le Coucou
No Soho, Le Coucou, o premiado restaurante de Stephen Starr liderado pelo chef Daniel Rose, apresenta cozinha francesa num ambiente requintado e elegante. O interior é bastante iluminado, muito devido às grandes janelas, às paredes de tijolo pintadas de branco e aos inúmeros candelabros de vidro. Há vários arranjos florais que combinam com o chão de madeira, o verde azeitona das cadeiras e dos azulejos da cozinha, o laranja dos tachos de cobre, os tampos em mármore e os sofás onde me indicam para sentar. Experimentei o menú de almoço, um pouco mais "ligeiro" do que o de jantar mas igualmente bom. Tem o custo de $54 e é composto por uma entrada e um prato principal. Uma experiência sem dúvida a repetir.
Eataly NYC Flatiron
O Eatitaly é de paragem obrigatória para todos os que apreciam comida italiana. É uma espécie de megastore, dividida em vários sectores, com várias opções da gastronomia italiana: pizzas, carne, peixe, massas. Dispõe também de um supermercado, livraria, queijaria e zona dedicada aos vinhos. Em geral, o atendimento é simpático mas nas horas mais concorridas poderá haver algum tempo de espera.
Casa Apicii
Em Greenwich Village não faltam lugares cheios de charme. A imagem cultiva-se logo à entrada, com muitos vasos com flores e aquele toque especial que nos convida a entrar. A escolha recaiu sobre a Casa Apicci, um restaurante italiano a cargo do chef Casey Lane. Fui directamente conduzida à mesa, numa sala quase vazia mas que rapidamente ficou bastante ruidosa. Espaço amplo, cadeiras em veludo e sofás corridos em pele bastante confortáveis, lareira em alabastro e um varandim no piso superior. Apesar da clarabóia, a sala é mal iluminada e olhando com atenção percebe-se que esta bonita casa do século XIX necessita de manutenção. As doses são generosas, os pratos saborosos mas sem serem extraordinários. O serviço foi rápido e com simpatia mas a comida ficou aquém da expectativa.
Chelsea Market
A antiga fábrica da Nabisco foi transformada num dos principais centros gastronómicos de Nova Iorque: o Chelsea Market. Sem esquecer a comunidade local mas estando aberta para receber o mundo, a sua oferta é diversificada, já que dentro de portas passam mais de seis milhões de pessoas por ano. Aqui encontra comida italiana, japonesa, francesa, mexicana, assim como produtos de outras nacionalidades. O Amy’s Bread, Sarabeth’s ou Davidovich são bons locais para a primeira refeição do dia. O Filaga, com as suas fatias de pizza sicilianas, é mais adequado para um almoço rápido. Já ao jantar, o Green Table, Lobster Place ou Le Song são mais propícios a refeições mais demoradas.
Gansevoort Market
Ainda no Meatpacking District, com igual bairrismo mas menos sentido de mundo temos o Gansevoort Market, um espaço renovado e sempre muito concorrido. A diferença para o Chelsea Market é a envolvência, a decoração menos bem conseguida, a limpeza em falta e a diversidade da oferta de comida.
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